PALESTRA | RAIMUNDO PADILHA
22 DE FEVEREIRO DE 2019 (M) | AUDITÓRIO DA FCDL
TRANSCRIÇÃO/DECUPAGEM: KARYNE LANE | ESTAGIÁRIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
DISPONÍVEL NA ÍNTEGRA AQUI
Primeiro evento do Líderes em Ação, cuja palestra de abertura teve como tema “Empreendedorismo e Gestão: Principais Lições de Empresários Cearenses”. O convidado foi o economista Raimundo Padilha e o evento teve parceria institucional de CRA/CE, AADECE, FCDL/CE, CDL/CE e Unicatólica.
Fala do presidente João Melo, convidando para compor a mesa.
Fala do Fernando Xavier sobre o projeto Líderes em Ação.
Raimundo Padilha — Eu agradeço aos dirigentes deste evento e parabenizo e agradeço muito a presença de todos vocês.
Eu colaborei com o governo Parsifal Barroso. Então, quando eu digo Parsifal Barroso, eu estou dizendo antes do primeiro governo de Virgílio Távora. Antes disso eu já havia trabalhado no Banco do Nordeste, tá certo? Então, eu quis com isso justificar também a minha idade! Mas também passei por várias entidades e companheiros que me ensinaram... Olha, o Melo tá me revelando aqui uma coisa muito importante: que fez a campanha de Parsifal Barroso em... palanque! Olha aí como é a história! Então tem alguma coisa muito importante onde é contada (risadas). Mas, gente, eu passei por algumas atividades no setor público e passei por algumas entidades no setor privado, e pra não dizer setor privado ou setor público, eu digo que também fiz uma sociedade — como é o caso do Banco do Nordeste. Fiz parte do segundo concurso do Banco: fiz concurso pro Banco do Nordeste em 1955 e assumi no início de 1956. De lá eu tomei outros caminhos depois, pedi demissão, não sou aposentado e não tenho o contracheque que o Vladimir e o Melo têm (risos). Eu sofro todo mês com meu minguado contracheque porque pedi demissão do banco, mas me deu uma experiência muito grande e me deu também um patrimônio que eu acho esse fantástico e que eu acompanho, que são as amizades. O capital humano, para mim, é o maior capital que existe.
Bom, mas eu gostaria de mostrar pra vocês, já seguindo mais ou menos um roteiro desenhado aqui, é o seguinte: o cenário dos anos 50 e 60. Como era nos anos 50 e 60, em que a máquina governamental e a estrutura empresarial estava montada, tá certo? Porque isso tem a ver com o que nós somos hoje, de certa forma. E naquela ocasião, nós tivemos, nos anos 50 e 60, uma passagem muito curiosa: criação do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (e o Social apareceu depois). Isto foi um dado muito importante e relevante para o desenvolvimento nacional, para nós sermos o que somos hoje o BNDES foi muito importante. E há um dado a relevar nesse momento que remete para a defesa daqueles que não concordam com a privatização ou com a extinção do Banco do Nordeste. O BNDES, que foi a primeira criação desse contexto que eu estou falando, ele ficou centralizado fundamentalmente no sul e sudeste. E se vocês analisarem os financiamentos do BNDES, ajudou demais a montar aquela infraestrutura que tem lá. E não se faz empresa sem ter infraestrutura. Então, ele aumentou a disparidade entre sul, sudeste, norte e nordeste. Porque, na verdade, ele se implantou lá. E em uma ocasião em que já havia inflação e não havia ORTN. O que eu quero dizer com isso? Os empréstimos eram conseguidos e não atualizavam monetariamente. Isto dá um diferencial que nunca foi contabilizado. Mas é contabilizado o que o Governo Federal repassa para o nordeste brasileiro sob a forma de incentivos ou de subsídios, etc. Eu acho que essa conta um dia precisa ser feita; daquilo que, na verdade, o Governo Central repassou para sul e sudeste e estabeleceu um marco diferencial e para nós corrermos atrás de restabelecer o equilíbrio. Para nós conseguirmos avançar no nosso crescimento é muito mais difícil, os recursos são escassos e nós temos uma convicção inter-regional.
Mas foi apenas uma pontuação assim rápida que eu dei porque eu lembrei dessa posição do BNDES financiando lá. Mas nessa época também foi criada a Petrobrás, A CSN (depois privatizada), foi criado o BNB, a Universidade Federal do Ceará, a SUDENE, e pra trazer aqui pra nossa terra, foram criadas muitas entidades também (como o Distrito Industrial, por exemplo). Então, eu vou fazer referência também a um instrumento de muito peso e muita densidade e muita importância e que colaborou muito com transformação à vida hoje nessa transformação do nordeste: eu quero lembrar das políticas de incentivos fiscais, notadamente começando com o artigo 14 da Lei 4.357. Foi pouco difundido isso aí, mas o artigo 14 é que se você instalasse uma empresa e conseguisse autorização através da Gerência de Mercado e Capital do Banco Central (porque não existia Comissão de Valores Nucleares), e se você fizesse o lançamento público dessas ações, você podia captar e o investidor podia abater do seu rendimento bruto. E era muito bom esse incentivo, muitas empresas captaram recursos nessa época para o seu crescimento. Várias empresas surgiram e sobreviveram. Depois do 14, veio os artigos 34 e 18, que são artigos de duas leis que aprovaram planos diretores da SUDENE. Como marca de fantasia, ficou 3418. Em uma ocasião, eu trabalhei muito na minha atividade profissional já no mercado de capitais fazendo captação de recursos para o 3418. É uma história curiosa e que tem a ver com a história do Banco do Nordeste.
Vocês me desculpem estar puxando coisas assim, mas o Fernando pediu para eu falar um pouco sobre esse momento e eu queria que vocês me permitissem. Em 34, na minha visão (eu posso estar errado e eles podem me corrigir), ele era para o desenvolvimento industrial do nordeste. Eu acho que esse foi o pensamento do Celso Furtado, numa época em que a SUDENE foi criada, em uma época em que nós tínhamos figuras de conhecimento técnico profundo sobre o nordeste, expoentes da nossa região. Eu tive a honra, a felicidade, de coordenar um diagnóstico do estado do Ceará. A felicidade de, muito jovem ainda, participar do Plano de Metas do Virgílio Távora. Convivi com Chico Alves de Andrade, Nelson Chaves, Lauro Oliveira Lima, Ari de Sá Cavalcante, essa gente toda que tinha conhecimento profundo sobre a realidade regional.
Vamos imaginar a caricatura: chegou um navio de ilheiros. Cadê o projeto? Só podia destinar o dinheiro se tivesse projeto. Aí surgiu essa história de projeto. Mas mesmo assim, houve quem olhasse e dissesse assim “Ah, mas sobrou dinheiro, não tem projeto suficiente, o nordeste não tem projeto”. Mas espera aí, nós temos que esperar um pouquinho para esse casamento se realizar. Ah, mas espera aí, por que só indústria? Vamos também colocar agricultura. Ah, mas espera aí, tem mais: põe pesca, reflorestamento e turismo. Nessa ocasião, a competição se estabeleceu de maneira cruel! O dinheiro se tornou insuficiente: tinha projeto demais. A demanda agora era maior do que a oferta: houve um novo desequilíbrio. E então, o Governo Federal disse: acaba a 3418. Olha, gente, é Brasil. E se vocês forem olhar os financiamentos que Fizete, que era coordenado pelo Banco do Brasil, vocês vão ver que pesca, reflorestamento e turismo, esses três se concentraram nesse governo no sul e sudeste. Tirando, novamente, dinheiro aqui do nordeste. Indústria nordestina dividiu com norte, tudo bem solidário, “somos pobres”, mas entrou aí a história do sul e sudeste também nesses três. Tá? Então tô só dando um exemplo assim para vocês de como é que nós chegamos aqui.
Bom, daquela época, de 50 e 60, quando nós olhávamos um pouco para trás, o que é que nós tínhamos aqui? A indústria têxtil, aqueles teares antigos, indústria de vela, indústria de óleo, da mamona, a economia do Ceará estava no diagnóstico do estado e ele funcionava em função de algodão e depois caía, e aí nós tínhamos um industrial mais ou menos dessa tradicionalista. E aí, provavelmente, diante da necessidade, nós tínhamos de mudar o perfil de indústria. E a universidade era, ainda, nascedoura. Talvez estivesse ainda engatinhando (e olhe lá!). Surgem empresas diferentes daquelas anteriores a que me referi rapidamente, mas surgiu muita referência. Nessa época eu já estava trabalhando no mercado de capitais, e a quantidade de banco e de investidores que vinham aqui pra cortar dinheiro era uma das estrelas da família Gomes.
Passado esse momento, entra um novo para as empresas, que é a abertura de capital. Aí tá chegando perto de onde eu estava: como presidente da Bolsa de Valores, eu estimulava a abertura do capital para as empresas. E então começaram a surgir algumas aberturas dentro de uma roupagem diferente. Mas trabalhei com os fundadores no projeto de criação da Unifor, e vi o Edson que trouxe o que havia de maior no mercado de capitais do Brasil. E fez uma apresentação no Parque Industrial dele, mostrou aos empresários, depois uma reunião no Ideal Clube onde eu estava presente. E ele fez uma apresentação extraordinária daquilo que na verdade já estava constituindo a Esmaltec. Então, ele é, na verdade, um homem gigante. Mas Brasil, nós tivemos a Brasil Oiticica. Então você vê que são as etapas, os momentos e fases que fazem em 5 anos, 8 anos, 10 anos, e depois entra CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que precisava ser criada porque tudo no mercado de capitais estava no Banco Central (e a função do Banco Central é outra).
É bom que se passe a informação para vocês, porque tem muitos jovens aqui, mas nós não tínhamos um sistema financeiro definido nem um Banco Central antes de 1964. O sistema financeiro nacional teve uma estruturação a partir de 64. E só em 76, 74 é que veio a CVM. E aí, mais recentemente, agora já estava no domínio de todos, estava no nosso dia a dia, no nosso cotidiano, veio as ofertas. E nós tivemos algumas que marcaram muito para o Brasil e para o Ceará: M Dias Branco. Ele cumpriu tudo o que é, digamos assim, exigido em regulamentação, e aquilo que o mercado exerça até subjetivamente, ele atendeu com uma equipe fantástica montada pelo general Luciano. Então, M Dias Branco é uma história que está aí, uma história de sucesso que engrandece o Ceará e o Brasil porque cerca de 70% do orçamento do homem foi comprado, inclusive é os investidores corretivos.
Mais recentemente nós chegamos à Hapvida, que foi outra história de um sucesso fantástico. Eles também seguiram aquele roteiro e aí estão muito bem instalados, com um crescimento. E mais recentemente, pelos meus registros, tem o SAS, que é o Sistema Ari de Sá, que deu um pedalada maior (se vocês me permitem dizer assim): eles lançaram nos Estados Unidos, não lançaram aqui na nossa bolsa de valores (Bovespa). Então nós tivemos de M Dias, ele abre o capital e lança ações e qualquer cidadão, qualquer instituição empresarial, fundos de pensão, fundos de investimento, eles adquirem e eles dão ela, com esse caixa ela tem um projeto pra crescer. E o SAS, que eu já falei, que vende material didático em extensão territorial, é uma coisa extraordinária. Inicialmente eles fizeram investimento lá, achou pouco, fez um segundo aporte e aí eles vão agora no terceiro pegar em dinheiro estável. Embora seja um dinheiro estável, mas é um dinheiro que vai exigir um retorno.
Tivemos emissões de abertura também para remissão, tivemos a CDL, mais recentemente, tivemos a Pague Menos e tivemos o SAS. Nós temos um momento passando por uma fase curiosa que são as fusões e aquisições. Vocês têm acompanhado (e eu também) na imprensa que compra de empresas recentemente, é... o Grupo Edson Queiroz comprou uma coisa da Nestlé, então essas coisas estão ocorrendo num ambiente das fusões e incorporações. E tem também um outro ambiente que ele é muito importante principalmente para os jovens, que são as start-ups. Eu acho que, na verdade, isso tem um futuro fantástico, e eu conheço outros projetos que estão se iniciando aqui e é um projeto interessante.
Eu vou correr um pouquinho mais porque eu quero deixar espaço pra gente trocar umas ideias. Eu vou comentar um pouco agora sobre empreendedorismo e gestão. Dessa forma, tem um empirismo marcante muito forte quando na verdade a economia, a administração, a contabilidade precisaria atuar de maneira mais forte. Aí eu olho e me lembro muito que o Sérgio conversou muito sobre isso, aqui o Fernando Xavier é que eu... certa vez, examinando aqui a quantidade de cursos de Administração que existe no estado do Ceará, e eu olhei assim e... muito bom! Como é que vai ser a história de tantos jovens concluindo Administração? Todos vão ser administradores empregados ou não? Eu acho que a dinâmica que nós temos nos últimos anos na economia brasileira e no Ceará não absorve tanta gente. Mas felizmente muitos têm o interesse, a acessibilidade, para empreender, e isso é muito bom.
Mas eu acho, a meu juízo, que se os cursos de Administração tivessem uma leve inclinação, uma forte inclinação (eu tô dizendo uma completa, eu não tô tirando nada de lado, tô colocando), uma dose forte de empreendedorismo, esses jovens, na verdade, iam se encantar muito melhor para empreender e, muito mais que isso, eles iam naturalmente buscar as start-ups. Eu acho que nós estamos ainda numa distância (me desculpem os diretores ou o Vladimir aqui, que foi diretor executivo), é que eu tenho o pensamento que quem mais se aproxima disso (vou repetir, a meu juízo), é a faculdade CDL. Que tem uma identidade com o setor de atividade, quem tem esta maior identidade. Eu busco nas outras e não vejo. Vamos imaginar (olha, gente, é só imaginação): que eu seja um grande empresário e aí o que acontece é o seguinte. Se apresenta formado em Administração, Economia, pra vaga que eu tenho. Olha, há uma distância entre o ensino acadêmico e a realidade das empresas. Se essas faculdades não abraçarem, não conhecerem... Eu fui pro Departamento de Economia Aplicada da universidade federal, onde os meus colegas, eu acho que alguns ainda estão ricos, mas... eles não visitavam CDL, não visitavam a Federação das Indústrias, não frequentavam essas coisas, não abraçavam as empresas. O melhor laboratório é a própria empresa! Há um distanciamento, há um apertheid. E alguns recebem só um diploma vago. Mesmo que saia pra uma pós-graduação, mas muitas vezes não é o suficiente.
Bom, eu não vou me alongar muito nisso. Mas acho que é isto. É um alerta que de certa forma eu faço pra algumas pessoas ligadas aos setores, que há a necessidade de uma aproximação mais formal (não diria que formal), mas na verdade precisa haver um abraço mais forte entre FIEC, Fecomércio, FAEC, Associação Comercial do Ceará, SIC, AGE e CDL. Eu sou de uma época em que as três federações (ou quatro) se abraçavam. Tinha causas comuns, e não causas do seu quadrado. As causas defendidas hoje, por exemplo, estão nos seus quadrados. Então é um caso que eu acho sério. Agora o Banco do Nordeste, as entidades empresariais todas é que vêm constituindo, na verdade, o maior peso porque é o que faz a roda rodar, é o que faz PIB. O que faz PIB é, na verdade, a área empresarial. E estas entidades, vez por outra eu dou uma olhada nelas, visito, e muitas estão nos seus quadrados — com a vaidade personificada.
Bom... e aí, vou encerrar aqui falando de empresas familiares e profissionalização. Eu acho que nós ainda estamos muito distantes de uma profissionalização das empresas. Não condeno a empresa familiar, desde que a família tenha um bom profissional. As faculdades estão aí assumidas e podem mudar seus filhos, seus netos, podem rever, também se profissionalizar — e não ter problema. Pode ter familiar na auto-direção da empresa, mas se ele não procurar se profissionalizar, é preciso que a empresa encontre outros caminhos, porque sem a profissionalização não dá mais pra alguns espaços. Eu tenho visto a morte de muitas empresas, a mortalidade é grande e muitas vezes por força da falta de profissionalismo e falta de um conhecimento melhor de mais pesquisa, de se relacionar melhor com o ambiente acadêmico.
Outra coisa que também vejo nas empresas é o problema da sucessão. E na sucessão eu queria fazer uma observação só (eu vou já terminar). Mas… tem uma coisa na sucessão que eu vejo que é o seguinte: quando eu iniciei no mercado de capitais, em 1969, na lei das SAs [Lei das Sociedades por Ações], para você constituir uma SA, você precisava ter no mínimo sete sócios. A lei das SAs, em 1942 (salve engano), tinha que ter, no mínimo, sete sócios. Assim, eu acho que isso tem a ver com um pouco da sociologia. Bota todo mundo, bota a família, seis meninos, sete meninos, dez meninos… Então, a mulher, a esposa era sócia, os filhos eram sócios, formava-se. Depois eu discutia na CBN: “Por que sete?”, “Por que não nove?”, “Não, nove é demais”, “Cinco é pouco”, então, entre 5 e 9 tinha que ser 7. Eu acho que tinha qualquer coisa a ver com o sete da mira (risos). Surpresa minha, além das SAs agora diz que são dois, dois é menor do que sete, cinco e até menos do que 3. Meia parte. A visão do legislador mudou e eu fui atrás, e vi também o seguinte: que as famílias estavam diminuindo de tamanho e estavam entrando num que pertence à Associação dos Genros Desamparados (risos). E como eu sou incomodado, esse cara é genro mas tá querendo mandar na história?! E também surgiu a ANA, a Associação das Noras Amparadas (risos). E tem nora também que complica a história! Resumo da obra: acabando essa história de genro e nora, vamos usar só dois. Mas não é isso que dá vida à empresa (porque a empresa é uma vida): ela precisa ser educada, precisa ser tratada, ser vitalizada. Ela tem que ter vitamina para permanecer. Ela morre e a mortalidade existe, ela é grande. Então eu acho que sucessão é um capítulo muito importante para se tratar nas empresas. Isso é um tema que o pessoal da Administração precisa falar, de estudante até o mais graduado.
Outra coisa é a governança. Governança é uma palavra de ontem, se a empresa tiver uma boa governança ela também vai prosperar, porque governança lá na frente ocupa um espaço. E existem algumas empresas que não têm ainda condição (cultura) para montar um conselho de administração — inclusive com conselheiros externos. Eu entendo e respeito, mas um conselho (mesmo que seja entre amigos profissionais), pode perfeitamente se valorizar e ajudar. Precisamos do conselho de administração, conselho fiscal. Então, a governança é uma palavra importante é uma atitude empresarial relevante para, na verdade, o embate. Mas aqui nós tivemos uma pequena participação, trazendo pra cá o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Que é muito bom que haja uma aproximação da academia (das faculdades), com o Dr. Julio Carvalho: ele é um diretor que está à frente do IBGC no Ceará e está fazendo um trabalho fantástico para empresas familiares. Fazendo esse trabalho, explicando o que é governança, trazendo palestras, formando administradores e o Conselho de Administração, conselho fiscal, fazendo um trabalho fantástico. Esse instituto funciona em São Paulo, nós (com algum esforço, colaboração de amigos) trouxemos para cá e está fazendo um trabalho fantástico — com eventos periódicos, muito bom e com muita qualidade. Eu acho que vale a pena uma aproximação e que os alunos que estão aqui procurem se aproximar do IBGC. Temos também que nos ater, com essa onda de dinheiro frio, é muito importante que vocês cuidem dessas regras.
Bom, eu espero que não tenha frustrado os senhores (risos). Mas se vocês esperavam além disso, eu não sei, quem sabe é o Melo, o Fernando, são os meus mestres aqui… o Araripe, são vocês. São vocês que estão aqui! Saudar vocês que estão mais atuais, eu não estou atualizado. Eu conto história. Obrigado! (aplausos)
Presidente João Melo faz uma breve fala de encerramento da palestra.
Palestra concedida para o projeto ‘Líderes em Ação’, da ACAD, iniciativa do Acadêmico Adm. Fernando Xavier cuja finalidade era apresentar e discutir os obstáculos e progressos por trás de iniciativas bem sucedidas, valorizando, principalmente, empreendimentos cearenses, regionais e/ou nacionais.